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O livro "O Veio", o quinto dos dezoito Glifos Analisados, relata, de forma sucinta, sob a visão de Aram Viajado, a sociedade Oseram, assim como sua principal região de domínio, o Veio.

Conteúdo

Um Guia sobre o Veio
escrito por Aram Viajado

Com frequência vez abro as janelas da minha residência, não só para partilhar os cheiros e das cenas da cidade, mas também para ouvir o que se fala nas ruas. Muitas vezes escuto perguntas como esta em voz alta: O que você acha desses forasteiros, esses Oseram, que de repente se tornaram nossos aliados ou até mesmo vizinhos? Por que ele comem desse jeito e discutem desse jeito? Que cheiro intoxicante é esse que eles têm? Por que estão sempre bebendo?

Bem, nada mais iluminador do que ir até a fonte da questão. Então, para saciar essa curiosidade, resolvi me juntar a uma caravana de mercadores até o Veio, pelo menos até o vilarejo mais próximo para lá do Quebra-Mar.

O Veio. É uma terra silenciosa, onde a fumaça permeia o ar entre as árvores altas e delgadas. Onde o solo não foi revirado pelos Oseram na busca incessante por metal, ele é coberto de gelo, e embaixo do gelo, mais gelo, antes do leito rochoso. E o pior de tudo, fuligem. Por toda parte, fuligem, em tudo que se vê e toca. Apesar de estar vestindo meus trajes de viagem mais resistentes, mantê-los limpos mostrou-se uma tarefa impossível. Diante do meu desconforto, algumas lavadeiras Oseram ofereceram seus serviços, mas ao ver a cor da água que usam, eu recusei.

De fato, o apreço à limpeza não é uma virtude dos Oseram. Apesar das muralhas de proteção feitas de ardósia empilhada e dos telhados redondos de pedras tortas, o vilarejo me pareceu demasiadamente exposto ao clima, e o clima principal do Veio é o frio, a chuva oleosa e a geada. Contudo, as lareiras chispavam, tremulavam e seguiam queimando, e o ambiente era movimentado e cheio de vida... tanto quanto seria possível encontrar em um celeiro, por exemplo. (Do que eu não sou capaz para trazer aluz do conhecimento ao povo da minha tribo?)

Os Oseram não têm sacerdotes nem reis e praguejam quando se fala desses títulos, mas respeitam o conselho dos sábios. Os "anciões" do vilarejo. Aparentemente, cada povoado elege esses tais homens com a finalidade de manter discussões intermináveis. Desde o amanhecer até tarde da noite, eles gritam uns com os outros sobre questões como política e impostos. Na manhã seguinte, uma fila de aldeões já está formada para terem o privilégio de discutir.

Eu participei de uma dessas filas durante várias horas, enquanto crianças gritavam, pássaros grasnavam,e marteladas, malditas e infinitas marteladas, ecoavam pelos ares em meio ao barulho de chuva. Finalmente, permitiram-me estar na presença dos três anciõess e fazer minha pergunta. Pedi a opinião deles sobre a paz entre as tribos e as boas-vindas do Rei Sol Avad a Meridiana.

Leitores, eu lhes digo que "pedi a opinião", mas não foi assim tão simples, pois os Oseram irromperam em insultos e exclamações antes mesmo de eu terminar de falar. E então fui engolido por um mar de gritaria e agressões desconexas. Somente quando eu também levantei a voz (e que experiência revigorante!) fui respondido, e com alguma relutância.

As opiniões deles são, no mínimo, confusas e ambíguas, e não profanarei este pergaminho transcrevendo as palavras usadas para expressá-las. Basta dizer que eles reconhecem o benefício do comércio livre entre nossas tribos, e de fato eles têm prosperado com isso, depois de tantos anos de guerra. No entanto, parece que alguns Oseram que fazem comércio fora do Veio acabam não voltando; os anciões acreditam que são seduzidos por um estilo de vida que é "pura e simplesmente Carja". Uma expressão que eles pontuam cuspindo no chão.

Sugeri que a desconfiança e o medo que eles tinham de um estilo de vida civilizado era positivamente Oseram (não tive coragem de cuspir dentro de quatro paredes). Isso causou uma grande comoção, e acabei sendo carregado para fora pelos meus anfitriões e depositado em meio à celebração de um rito de passagem; não de uma pessoa, mas de algumas nova espécie de dispositivo.

Acordei em uma carroça, chegando ao Pico Mercante. Minha garganta ardia, meus braços estavam dormente dos inúmeros desafios de luta que aceitei, e eu ainda sentia o gosto de uma bebida alcoólica muito parecida com óleo de máquina. Minha cabeça doía como se estivesse rachada ao meio. A verdade é que arrisquei minha vida em busca de uma resposta: o que mais os Oseram fazem além de brigar, beber e gritar?

Em resumo, caro leitor, nada. Mas vamos torcer para que os temores dos anciões se tornem realidade e que, com o tempo, a luz do Sol e a glória de Meridiana possam moldar toda essa rusticidade.

Como achar a partir da fogueira mais próxima

Como_achar_"O_Veio"

Como achar "O Veio"

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